Como você está preparando seu(ua) filho(a) para o futuro do trabalho?
Você está acompanhando as mudanças no mundo e as previsões para os próximos 30 anos?
Qual a melhor forma de lidar com o futuro de nossas crianças?
Se continuarmos educando nossas crianças da mesma forma que nós, nossos pais e nossos avós foram educados estaremos preparando nossas crianças para um mundo que não existe mais. Uma grande quantidade de profissões devem deixar de existir nos próximos 10 anos.
Existem iniciativas que trabalham o jovem equipando-o com competências e com um jeito novo de pensar. Desenvolvem habilidades como trabalho em equipe, pensamento criativo, inteligência emocional, capacidade de criar amizades e de se comunicar melhor.
Uma dessas escolas possui mais de um século de existência e se tornou o maior movimento educacional não formal do mundo: o Movimento Escoteiro.
É sabido que o mundo enfrenta grandes transformações e que estas estão num ritmo nunca visto antes. O mundo que nossos avós viveram não tem absolutamente nada em comum com o mundo que nossos filhos viverão.
O LinkedIn, maior rede social do mundo focada em relações profissionais e fonte de recrutamento de um número cada vez maior de empresas, aponta as competências mais requisitadas pelas empresas:
O Fórum Econômico Mundial deste ano apresentou uma ideia semelhante em um relatório chamado “O Futuro do Trabalho”. Nele foi assinalado que a iniciativa, a originalidade e o pensamento crítico serão cada vez mais valorizados pelas empresas.
"O desenvolvimento da inteligência artificial fez com que as soft skills fossem cada vez mais importantes, porque são precisamente as habilidades que os robôs não podem automatizar." escreveu Paul Petrone, editor de aprendizagem do LinkedIn.
Primeiro tenha em mente que os conhecimentos ultraespecializados não irão desaparecer. Eles serão ainda muito importantes e necessário no mundo. O que irá acontecer é como usaremos os conhecimentos tradicionais.
A revista Exame publicou uma matéria listando as 30 profissões que irão desaparecer. A robótica e a inteligência artificial serão responsáveis por automatizar essas profissões.
Ainda vamos precisar médicos e engenheiros. Mas o engenheiro não vai precisar calcular mais nada. A atividade de cirurgia não será mais realizada por um médico. Isso será realizado de forma automática, com uma margem de erros muito inferior a uma humano, por uma máquina.
No entanto a negociação, a compreensão dos anseios do cliente, o trato humano e empático são coisas que uma máquina não consegue fazer. Somos muito superiores a elas (as máquinas) no que diz respeito a emoções.
Portanto, o que de melhor pode ser feito por uma criança hoje é capacitá-la a ser humana. Dotá-la de competências na área das soft skills: criatividade, colaboração, liderança, iniciativa, etc.
Uma ótima maneira de fazer isso é através do Movimento Escoteiro.
É um movimento mundial, educacional, voluntário, apartidário e sem fins lucrativos. Hoje, no Brasil, são mais 100 mil escoteiros segundo dados oficiais.
A sua proposta é o desenvolvimento do jovem, por meio de um sistema de valores éticos e morais que prioriza a honra, baseado na Promessa e na Lei escoteira, e através da prática do trabalho em equipe e da vida ao ar livre, fazendo com que o jovem assuma seu próprio crescimento, tornando-se um exemplo de fraternidade, lealdade, companheirismo, altruísmo, responsabilidade, respeito e disciplina.
Esses valores são vivenciados de forma prática nas atividades realizadas com as crianças nos encontros semanais, e eventualmente também em ações comunitárias que podem ir desde mutirões para a revitalização de rios até o auxílio a vítimas de tragédias.
Os aprendizados são estimuladas por meio de um sistema de prêmios e distintivos. Além disso, os jovens também têm oportunidade de desenvolver habilidades como a liderança de equipes, a cooperação com outros membros do grupo e o sentido de responsabilidade.
A oportunidade de socialização que ele propicia – especialmente para crianças tímidas - é outro grande benefício. Os grupos de escoteiro não são apenas ótimos lugares para o seu(ua) filho(a) conhecer outras crianças e fazer novos amigos, como também trabalham conceitos de autonomia e valorizam as conquistas das crianças, tornando-as mais confiantes.
A Revista Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo, publicou em 2017 uma matéria intitulada “Porque contratar uma pessoa que foi escoteira?” (tradução livre do texto em espanhol).
Na matéria, Ana Sáenz de Miera que é integrante da Diretoria Global da Ashoka, uma organização de empreendedores sociais com sedes em vários lugares do mundo, escreve:
“Da mesma forma que o exame de proficiência avalia um alto nível de inglês, ler em um currículo que uma pessoa foi escoteira garante que ele tenha algumas habilidades essenciais para o atual mercado de trabalho. Estes são os 10 pontos fortes que você encontrará se contratar alguém que tenha sido um escoteiro. E eles não têm nada a ver com dotes comerciais associados ao tema antiquado e errôneo de crianças uniformizadas que vendem biscoitos.”
No artigo ela cita várias habilidades como saber trabalhar em equipe, criatividade, ética, liderança, etc. Ela ainda completa:
“Não são essas habilidades que todos nós procuramos nas pessoas que incorporamos em nossas equipes de trabalho?
Se você ficou interessado(a) em matricular seu filho, o primeiro passo é acessar o site da dos Escoteiros do Brasil e encontrar o grupo mais próximo da sua casa. O segundo passo é visitar uma atividade e ver, pessoalmente, como funciona e conversar com os adultos responsáveis.